Pois é minha gente, depois da correria que foram esses dias venho aqui contar a vocês da minha participação no SINALGE, o IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais, que aconteceu semana passada no Centro de Convenções Raymundo Asfora, aqui em Campina Grande (PB). O evento foi criado em 2006 e é organizado pelo Grupo de Pesquisa Linguagem, Interação e Gêneros Textuais/Discursivos (LITERGE) da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba). O tema desse ano foi: ENSINO DE LÍNGUAS E FORMAÇÃO DOCENTE: perspectivas teóricas, empíricas e propostas com gêneros textuais, apresentando conteúdos e propostas de artigos e publicações acerca do estudo de e sobre línguas, linguística, literaturas, discursos, produções e gêneros textuais, mídias e suportes e multiletramentos.
Apesar de não ser exatamente a minha área de paixão, mas tive contato com algumas disciplinas de educação, ensino-aprendizagem e o estudo de artes nas escolas e resolvi escrever um artigo para mandar para o simpósio. O evento era na minha cidade, então o custo seria apenas o da inscrição. Mandei tendo poucas esperanças de que não ia ser aprovado, já que decidi tratar sobre boardgames. E num é que o danado foi aprovado!?!?! Olhando os GTs do evento achei um que poderia me encaixar e juntei conhecimentos relatados em projetos realizados durante a graduação em Arte e Mídia, e desse Frankstein saiu a ideia para o meu artigo.
"Possibilidade de utilização de boardgame em sala de aula para desenvolvimento criativo e interpretativo do estudante."
Tá ai o título do meu artigo. (Para quem quer uma descrição mais detalhada do que foi meu artigo, só continuar lendo este parágrafo, quem não, pode pular para o próximo.) No artigo eu busco analisar a aplicação de "mídias analógicas" em sala de aula, tendo como foco de experimentação, crianças entre 8 e 12 anos de idade, referentes aos 2º e 3º ciclos do ensino básico, para o desenvolvimento criativo e interpretativo destas, sendo analisados dois boardgames: Dix
It, desenvolvido por Jean-Louis Roubira, que busca realizar a tradução de
imagens de maneira textual; e o outro, Imagine, desenvolvido por Shotaro
Nakashima e Hiromi Oikawa, faz o caminho inverso, onde por meio de composição,
sobreposição e movimentação de formas predefinidas busca a tradução de um texto
escrito. É partindo de conceitos e pensamentos apresentados por Katie Salen e
Eric Zimmerman; Johan Huizinga; Jean Chateau; e Tizuko Mochida Kishimoto que escrevo o artigo.
O artigo ainda não foi ao ar. Todos os apresentados no evento serão publicados no site do mesmo, maaaaaas, quando tiver lá aviso a vocês.
Palestras e minicursos
Apesar de todas as palestras e minucursos serem voltadas para linguagens, gêneros textuais e análise do discurso (escutei trucentas vezes sobre isso, e ainda não entendi direito o que é, mas segundo o pessoal é assim mesmo). Sempre dá pra aproveitar alguma coisa, como por exemplo conferências sobre escrita acadêmica, ensino da literatura por meio das novas mídias, didática transmidiática, ensino e pesquisa em pós-graduação, e lançamento de livros.
Além da programação do evento tinha uma feira de livros com editoras voltadas para as linguagens e gêneros acadêmicos como a Editora Parábola, Pontes Editoras e Mercado de Letras. E claro que não poderia deixar passar e fiz algumas aquisições na Editora Parábola, para compor a minha biblioteca acadêmica em casa:
- Tecnologias para aprender - Carla Viana Corcarelli (org.)
- Planejar gêneros acadêmicos (Série - Leitura e Produção de Textos Técnicos e Acadêmicos - Vol.3) - Anna Rachel Machado (coord.), Eliane Lousada, Lília Santos Abreu-Tardelli
- Trabalhos de pesquisa (Série - Leitura e Produção de Textos Técnicos e Acadêmicos - Vol. 4) - Anna Rachel Machado (coord.), Eliane Lousada, Lília Santos Abreu-Tardelli
Acho que depois vou acabar fazendo um post sobre estas leituras, ou começar a fazer posts sobre minhas leituras... O que vocês acham?
Mas apesar de não ser definitivamente a minha área, nem o que gostaria de fazer (agora tenho a certeza), essa parte de pedagogia e ensino, como já disse lá no comecinho do post. Adoro participar de eventos, seja ele qual for, é maravilhoso conhecer pessoas novas, pontos de vista novos, trocar informações e experiências, é batata que você vai abrir a sua mente, e as vezes acaba até encontrando soluções e novas referências para algo que você está estudando ou pesquisando, e acaba que tá empancado sem progredir. É sensacional.
Quem ai também foi para o SINALGE, dá um alô nos comentários.
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